No passado dia 9 de Abril e, por solicitação do Sr. António Carapinha do Centro de Salesianos Cooperadores de Évora, proferi uma Palestra sobre o Tema Juventude, integrada nas suas actividades.
Por sua vez o Jornal Diário do Sul de Évora publicou um artigo da autoria do Jornalista António Luiz Rafael, cujo texto chegou ao conhecimento de Leonardo Romano, Presidente da SOCOPE - São Paulo - Brasil
Em face disso enviou-me o E-mail que transcrevo:
"Prezado Armando Ribeiro
Como vão as coisas. Tudo bem?
Li e gostei do Jornal contendo a sua palestra acerca da Juventude, palavras e opiniões que você proferiu tenho a certeza que ajudarão
a nortear os jovens.
Digitalizei e guardei o recorte do Jornal no Arquivo da Socope.
Afinal de contas, a cultura dos nossos coleccionadores vai além dos Postais de Estádios.
Um abraço do amigo - Leonardo Romano."
Neste contexto e dando seguimento à sua sujestão transcrevo a notícia publicada no Diário do Sul nº.11.485 de 15 de Abril de 2011.
UMA INICIATIVA SALESIANA
ARMANDO RIBEIRO PROFERE PALESTRA ACERCA DA JUVENTUDE
Por António Luiz Rafael
O nosso prezado colega Armando Ribeiro, colaborador do “Diário do Sul” e da “Região de Rio Maior”, proferiu no passado sábado. Dia 9, pelas três e meia da tarde, no Auditório D.Bosco do Externato Oratório São José, em Évora, uma palestra integrada no ciclo de Actividades de Formação. Uma acção mensal da Associação de Salesianos Cooperadores.
Antigo Aluno Salesiano nº. 1362
Oratório de São José - 1945/49
A iniciar a seu trabalho Armando Ribeiro afirmou:
“À primeira vista pode parecer que o tema foi escolhido por eu ser, desportivamente falando, do Juventude, o que como facilmente se compreende não é o caso, mas sim porque “JUVENTUDE” palavra tão bonita de que é fácil e ao mesmo tempo difícil falar devido ao que a mesma representa, merece uma grande reflexão e consideração para a construção de um futuro que não se antevê fácil por culpa, quanto a nós, da própria Sociedade que discrimina as pessoas sem se aperceber dessa situação.”
“JUVENTUDE” que entre outras definições significa: quadra da vida em que se é jovem, mocidade, juvenilidade e uma série de características que são próprias das denominadas pessoas jovens. Juventude ou Juvenilidade era uma das qualidades que Dom Bosco pretendia que fossem continuadas e seguidas durante a vida de cada um.
O Orador acrescentou que “tal uma máquina ou um simples motor em que todas as peças são necessárias e todas se complementam para o seu bom funcionamento, também não há adultos nem jovens mas sim homens e mulheres que sem choques ou divisões entre gerações que têm de se integrar na sociedade, com seriedade e responsabilidade.
Afinal confirmando até, que a juventude não se mede pela idade nem aos palmos”.
Ter ou ser Juventude não é mais nem menos que vivermos com a força de jovem seja qual for a idade, tanto mais que a Juventude não se mede aos palmos nem com a própria idade.
Por tudo isto levando em consideração o Local e o Tema e, como complemento julguei de interesse efectuar um pequeno testemunho da minha vida com alguns factos e acontecimentos relacionados com São João Bosco o Apóstolo da Juventude ou com a sua Obra.
O orador deambulou também pela sua vida ligada aos Salesianos e à obra de São João Bosco- Desde a entrada até aos dias de hoje. E Concluiu o seu trabalho dizendo:
«Por certo nalguns pontos desviámo-nos um pouco do que pretendiam que dissesse sobre Juventude.
Contudo parece-me que não devemos enganar os jovens com palavras bonitas e promessas impraticáveis ou como o que grande parte da Sociedade faz ao servir-se dos jovens por interesses de ocasião e depois abandona-os deixando-os entregues ao Mundo conturbado em que vivemos, mas antes conseguir alternativas viáveis e realistas para uma boa integração.
Neste contexto julguei que falar de Juventude e para a Juventude a melhor forma de o fazer é mostrar a realidade da vida e não a virtual, imaginativa ou ilusória, para que possam conseguir as suas aspirações.
O Ensino não há dúvida que tem sofrido alterações e modificações, que continuarão no futuro através das denominadas reformas.
Contudo os princípios terão que ser os mesmos em que Dom Bosco se baseou.
Podemos também dizer que quaisquer que sejam as orientações torna-se necessário que todos e cada um sigam os ensinamentos de Dom Bosco para que não se perca a alma salesiana e, como fazia São João Bosco melhor que falar é dar o exemplo.
Só com dedicação, simplicidade e respeitando é que se pode ser respeitado, onde a família é o centro de tudo mas que só se mantém em bom nível através de um melhor carácter.
A maioria de acontecimentos é reflexa do que se aprende nos Bancos da Escola e da imagem dos seus educadores.
Por isso tem que se saber interpretar o que de bom se aprendeu a fim de que seja praticado e aplicado na vida para que a Juventude se prolongue por um maior número de anos.
Diz-se que o futuro é dos jovens com o que todos concordamos. No entanto para que tal aconteça torna-se necessário e obrigatório construir esse futuro em conjunto e não com discriminações, para não dar origem a conflitos com consequências imprevisíveis.
Também não se pode esquecer que tal como no tempo de Dom Bosco a Educação Salesiana continua e continuará a fazer muita falta à Juventude, pelo que se imagina em face das várias previsões que diariamente temos conhecido.
Como complemento dizemos aos mais novos que a humildade e obediência que nos ensinaram não é sinónimo de inferioridade mas sim uma qualidade ou virtude que devem ser usadas quando se torne necessário em igualdade de oportunidades para compreensão de tudo e de todos.
Os novos devem crescer ou integrar-se na Sociedade tal como os filhos crescem na família para que a integração seja completa e, como os pais tornam os seus filhos adultos também a Sociedade os saberá reconhecer naturalmente.
Sendo ainda necessário construir-se uma vida que traga felicidade para todos, a fim de que não tenha reflexos no aparecimento de privilegiados por um lado e martirizados por outro.
Tal como o copo quando está meio cheio ou meio vazio se enche e não se esvazia para que continue a ser útil o líquido que contém, também neste caso teremos que arranjar soluções para que todos sejam úteis sem condições, separações ou divisões que prejudiquem a total integração.
Que este meu apontamento sirva para que se faça uma reflexão sobre os acontecimentos que relatei de parte da minha vida e se consiga uma vivência melhor e no máximo possível de anos, de acordo com os princípios e ensinamentos de Dom Bosco baseados na Razão, na Religião e na Bondade, começando até por mim próprio.
Espero ter conseguido explicar o que se sente e vive com Dom Bosco e a sua Obra e, que a Juventude seja uma realidade na verdadeira acepção da palavra.
Para terminar dizemos que a Sociedade tem que cumprir as promessas que faz, não adiando ou inventando soluções impraticáveis, porque os jovens têm que ver e sentir que as palavras que lhes são dirigidas correspondem à verdade na construção do futuro.
Os jovens só assim se poderão integrar e ser integrados com sucesso sem choques entre várias gerações sem nos esquecermos que o óptimo é inimigo do bom e, como dizia DOM BOSCO melhor que falar é dar o exemplo.»
ARMANDO RIBEIRO
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